terça-feira, 8 de julho de 2008

Este é um texto muito bonito

A gota de água

Era uma tarde de Outono, ou talvez a sua última, bela e quente com os seus tons normais.Os pássaros cantavam, as folhas passavam de verde para laranja, amarelo, encarnado e castanho. O cheiro a castanhas assadas passava pela brisa, que fazia cair as folhas, as pétalas e as flores.Eu estava no rio ao pé dos patos, gostava de os observar desde a manhã até à tarde quando voavam para o lago mais quente, mais isolado, o lago mais limpo....


Nunca tive muitos amigos, gosto de ficar sozinha a pensar, a observar e, claro, a escrever. Também nunca achei que precisasse de muitos amigos, tinha o melhor amigo do mundo e não precisava de mais, mas agora que o perdi, o mundo nunca mais voltou a ser o mesmo.
Aconteceu tudo naquela tarde. O vento começou a ser mais forte, anormalmente forte. Pressenti que algo de mau se passava quando o s patos se foram embora mais cedo, olhei para cima e vi que eles não haviam parado no outro lago, mas em vez disso continuaram até não os conseguir ver mais.
O vento ficava cada vez mais forte, bruto e selvagem, como se tivesse vida própria.
Subi para a ponte que passava pelo lago, achei o sítio mais seguro e era onde ele se encontrava comigo sempre que algo diferente se passava.
Foi nesse momento que vi que o vento estava a formar um remoinho, foi nesse momento que vi aquele menino loiro de olhos verdes a correr na minha direcção.

Foi esse o último momento em que o vi…
Catarina R. 8º Ano