No passado Verão, fui “invandida” por um sentimento que mudou a minha vida: O Amor.
Estava a passear na praia, quando vi algo que despertou a minha atenção. Era um rapaz de estatura média, olhos verdes e cabelo um pouco ondulado de cor clara. Eu fiquei fascinada com a beleza que ele irradiava. Como eu era muito tímida, decidi observá-lo sem dar nas vistas. A princípio não percebi que o amor me “tinha apanhado”.
Nessa noite, a imagem dele não me “saía da cabeça”, olhava pela janela e via-o em toda a parte, foi assim que percebi que estava apaixonada.
No dia seguinte, depois de uma noite mal dormida, tentei ir à sua procura para o observar novamente. Fui ao parque, ao supermercado, ao ginásio, à biblioteca... Mas não o encontrei em lado nenhum. Fiquei um pouco desiludida pois comecei a pensar que tudo isto tinha sido apenas um sonho.
Voltei para casa e decidi não pensar mais nele...Mas isso era impossível!
Uns dias mais tarde, voltei a encontrá-lo sentado num banco de jardim. Ele aproximou-se de mim e “meteu conversa”. Quanto mais falávamos, mais tinha a certeza que já o conhecia. Viemos a descobrir que tinhamos frequentado o mesmo jardim de infância. A conversa foi tão interessante que não dei pelo tempo passar. Quando começou a escurecer, ele levou-me a casa e disse que gostaria de me voltar a ver.
Durante três dias, não me contactou, e pensei que ele tivesse ficado desiludido comigo.
No quarto dia, telefonou-me e convidou-me para jantar. Eu fiquei muito contente e aceitei. Combinámos que me iria buscar às dezanove horas a minha casa.
Ele foi-me buscar à hora combinada, e fomos para um restaurante muito famoso naquela vila. Eu nunca lá tinha entrado. Fiquei fascinada com o ambiente e decoração desse local. Jantámos, conversámos, e no fim ele convidou-me para dançar. Criou-se um clima de romance tão forte que acabámos por nos beijar, e eu fiquei corada.
No caminho para casa, ia em silêncio pensar no que tinha acontecido. Ele ao ver-me tão calada perguntou-me se eu gostara do beijo. Eu não lhe respondi, mas, interiormente, estava feliz.
No dia seguinte, veio ter comigo e perguntou-me se queria namorar com ele. Eu fiquei feliz pelo pedido e aceitei. Beijámo-nos, novamente, com um beijo muito melhor que o primeiro.
Os dias foram passando, o nosso namoro ia “de vento em popa”. Eu estava feliz e ele também, achava eu!
Decidi contar aos meus pais quem ele era e estes proibiram-me de o ver. Eu fiquei muito furiosa, e decidi quebrar todos os obstáculos que estes me impunham, para estar com ele, pois eu estava “cega” de amor.
Certo dia, depois de discutir com os meus país e de ter fugido novamente de casa, fomos à feira popular e estivemos numa das barraquinhas de jogos. Depois de vários jogos perdidos, ele ficou furioso, amuado e começou a tratar-me mal. Entretanto, encontrei um colega e falei com ele. O meu namorado ficou “cheio de ciumes” e proibiu de me aproximar de qualquer rapaz. Foi nessa noite que descobri a maioria dos seus defeitos. Ele já não era a pessoa, que eu conhecera na praia: o rapaz dos meus sonhos. Acabei por regressar a casa sozinha pois ele trocou-me pelos jogos.
Fiquei a pensar nas suas atitudes, e no outro dia, decidi falar com ele. Informei-o que não mandava na minha vida, como tal podia falar com quem quisesse, vestir-me como quisesse e fazer o que me apetecesse. Ele ficou furioso e acabou tudo comigo. Chorei, e não conseguia deixar de pensar nele. Ainda pensei que podíamos reatar o namoro, e fui, no dia seguinte, à sua procura.
“Caiu-me o coração aos pés” quando o vi aos beijos com outra. Percebi que ele não merecia o meu sofrimento, e como tal devia esquecê-lo.
O que é certo é que não o esqueci, pois aparece em todas as minhas recordações de Verão.
Foi com este namoro que aprendi que o Amor não é perfeito e que, por vezes, coloca “Barreiras” que são dificeis de ultrapassar.
Alunas do 10º B, 2009/2010, agora já no 11º ano, sem turma
Patricia Monteiro, nº 20
Daniela Carlos, nº 27