quinta-feira, 8 de março de 2012

Sobre uma palavra Mágica

Solidão, distância, mudança. As principais palavras do mundo de um pobre rapaz de uma aldeia.
A pequena aldeia tinha uma pequena escola com poucos alunos, 10 no máximo. Mas esses poucos alunos faziam perguntas sobre o porquê da vinda desta nova pessoa. Até que um dia nasceu uma alcunha: "inócuo".
Não havia o conhecimento do dicionário, apenas a experiência de vida dos mais velhos.
Era tarde, e à luz das velas, o menino estudava, sem sono foi caminhar pelas pedras e terra dos caminhos da montanha.
Sozinho e cheio de frio, estava sentado numa pedra um senhor de idade. Surgiu a ideia da pergunta:
- Desculpe, senhor, o que é "inócuo"?
Assim ele respondeu:
- Conhecimento, querer mais, sonhar...
- Sonhador, portanto? - perguntou o rapaz.
Levantando a cabeça, o senhor sorriu, sem dentes para mostrar e acenou a cabeça.
Chegando a casa, embrulhou-se nos lençóis e dormiu eternamente, feliz.

Maria Inês de Castro 8º 3ª nº15

A Viagem

Eu ia a caminho de África buscar ouro e escravos e prometera voltar para casa são e salvo, mas no Cabo Bojador aconteceu o inesperado: um horrível monstro emergiu da água no meio de tal nevoeiro:
-Quem vem lá? – Perguntou a vil criatura – Quem se atreve a acordar-me do meu sono profundo?
-Eu e os meus 300 homens! – Respondi, enquanto me dirigia á proa, tentando não mostrar medo.
-AhAhAh! – Respondeu com uma gargalhada intimidadora – Seu meia Leca, achas que podes passar por mim! - Disse ele com desprezo– Mas tu já comparaste o teu tamanho com o meu?
-Um anão mata um gigante a dormir! – Respondi eu à vil criatura.
Houve um pequeno momento de silêncio e de caras intimidadoras, até que ele, com as suas enormes mãos de 7 metros, bateu na água e destruiu o barco, fazendo duas enormes ondas.
Passaram 2 dias até que acordei num lugar estranho para mim. Demorei horas que pareciam décadas, mas no fim, deparei-me com civilização.
Eu perguntava a toda a gente que andava pela rua, mas parecia que não me entendiam, porém, encontrei um letreiro em português e em língua estrangeira que eu não entendia.
Entrei na imensa escuridão e uma voz assustada perguntou, em estrangeiro:
-O que queres de mim?
-Eu apenas quero saber onde estou. -Disse eu
-Tu falas português! Tu falas português! - Gritou desta vez, mas na língua portuguesa.
-Entra, entra!
 Entramos num bar, com outros 2 amigos portugueses, com quem outrora viajara. Tinha-lhes acontecido o mesmo.
Os nomes deles eram Vicente, Dante e o Leonardo.
Bem. Temos de voltar á nossa pátria. – Disse eu, com esperança de novos compatriotas ,quando reparei nas caras de desanimados que tinham.
-O que se passa com vocês? - Perguntei eu.
-Bem, nós já tentamos mas nunca conseguimos escapar pelo mar. – Disse Leonardo desanimado.
-Mas, por acaso experimentaram por terra? – Disse eu com sarcasmo.
Tirei um mapa do bolso.
-Teremos de fazer um caminho pela Itália, Grécia e Espanha.
Quando chegamos a Itália ficamos admirados com os rios que havia.
Bem, tenho demasiada fome para admirar. – Disse Dante.
Quando entramos no bar havia um cheiro a cerveja muito forte.
-QUE NOJO! – Gritou Leonardo tapando o nariz.
-Será que alguém aqui conhece uma coisa chamada de esponja?! – Repetiu Leonardo com ironia.
Manteve-se um breve silêncio no bar e depois um coro de gargalhadas.
-Olá, olá, venham comigo! – Disse ele (Filipo). Levou-nos para uma sala e deu-nos comida e abrigo e tentou dar-nos trabalho, mas rejeitámos.
-Bem, vamos embora. – Disse eu.
-Bem…-Disse Leonardo. – Eu acho que vou ficar por aqui. Eu sou daqui, eu era um emigrante desde dos 2 anos, por isso esta é a minha pátria. Adeus!
Se voltarem, por favor, visitem-me.
Adeus! – Dissemos nós, eu, o Vicente e o Dante. Continuamos a viagem rumo á Grécia e fomos para casa de um amigo de Vicente (Giánni̱s) que nos tentou ajudar e nos deu trabalho.
Sim. – Disse Vicente – Eu não tenho família e amigos em Portugal por isso eu vou aceitar. Adeus amigos!
- Quando chegamos a Espanha, Dante explicou-me que era procurado para ser enforcado. Houve um choque na minha cabeça e, quando voltei ao normal, ele já estava num cavalo a gritar adeus.



7º ano/ turma 1ª
João Récio/ Nº 7