quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Textos Criativos de Alunos da Professora Ana Vieira

         O Rainha

   O Rainha é um liceu
   Muito bem feito
   Esse liceu é o meu
   E é meu amigo do peito.

   Há vários professores
   Todos de boa origem
   Ajudam sempre, mesmo com dores
   Ou se tiverem alguma vertigem.

   Gosto de estar aqui
   A aprender e a conversar
   Sempre “numa boa”
   Com os amigos a ajudar.

Francisco Lamy Carneiro
                 
                 VIDA

   A minha vida é uma alegria
   Quando tenho companhia.
   Mas quando estou sozinha
   Fico mesmo maluquinha.

   Estou sempre a falar
   Ninguém me consegue aturar.
   E quando é para refilar,
   Não consigo parar.

   Adoro brincar
   E odeio trabalhar.
   Eu sou assim.
   E este é o fim.

Maria do Carmo Simões

nº 13, 7º 3ª

domingo, 15 de maio de 2011

Poema de Amor :)

O amor é acompanhar-te
Para onde quer que vás
É estar presente
Tanto nas coisas boas como nas más

Por ti apanharei chuva e sol
Mas não me levantarei da cadeira
Quer seja a sério
Ou apenas na brincadeira

Enfrentarei as vitórias e as derrotas
Mesmo que sejam poucas
Porque tu és o verdadeiro campeão
Quer jogues em casa, quer não

NO relvado és o rei
E toda a agente tem medo de te enfrentar
Quando passas do meio-campo
Ninguém te consegue apanhar

Estarei contigo quando ganhares ou quando perderes
Pois contiuarei a  amar-te,
Meu grande Futebol Clube do Porto
Cumpras ou não os teus deveres

Catarina Teixeira nº 6 11º A

Texto (quase demasiado) dramático

LINGUA PORTUGUESA - TEXTO DRAMÁTICO

Pessoas: Benedita Manuel João Rita

Pai de Benedita (Francisco) Mãe de Benedita (Madalena) Mãe de Manuel (Carlota)

Lugar da Cena - Vila Nova e Lisboa

ACTO PRIMEIRO

É uma noite de Verão em Vila Nova. Manuel e Benedita decidem ir ao café local com amigos que partilham os mesmos interesses.

Na esplanada: mesa pequena com cadeiras à volta.

Cena I

João - Pá, viste ontem o Benfica levar três secos? (dirigindo-se a Manuel) 
Manuel - Então não vi! Até deu gosto!

Benedita - Falem mais baixo, meninos. (Virando-se para amiga) Viste ontem a Joana a sair com o Vasco do Sudoeste?

Manuel- Típicas conversas ... Mas, sim: ele anda com a Mafalda.

João - Que "boss"! Oh, chefe! (chamando o empregado) Traga mais duas. 
Benedita - Não ... não, João. Manel, vamos andando que estou cansadíssima.

Cena ll

Manuel e Benedita dirigem-se à praia

Manuel - O que e que se passa? Agora estás sempre cansada, mal-humorada ... parece que já nem gostas de estar comigo! E porque é que não foste hoje à praia?

Benedita - Oh Manel. .. que pachorra! Agora não!

Manuel - Agora é que deixei de ter paciência, Benedita.

Benedita - (irritada) Mas olha que vais precisar dela !...

Manuel - (sentindo-se provocado) Ai sim?! Mas porquê?

Benedita - (à queima roupa) Aaaah ... pois ... Manel, tenho uma coisa para te dizer: estou grávida.


ACTO SEGUNDO


Em casa de Benedita. Sala antiga, de gosto pesado. No dia seguinte ao meio-dia.


Cena I



Francisco - (aos gritos) O quê?! Está grávida? Mas como ... como é que é possível? Pensava que era mais responsável, mas, pelos vistos, é uma ... (contendo-se)

Benedita - Pai, acalme-se, por favor! Achei que tinha de te contar (soluçando) ... E agora? O que é que vou fazer da minha vida?! Está arruinada!

Madalena - Achava que tinha de nos contar?! Pois claro que tinha, Benedita! Não sei que dizer. Só sei que estou muito, mas mesmo muito desiludida consigo. O que é que vai fazer?

Benedita - Eu quero abortar.

Manuel - (irritado) Mas eu não aceito: 0 filho também é meu. Não é só o que tu queres, Benedita. Deixa de ser mimada.

Benedita - Pois ... mas eu já te disse que eu tenho o total direito sobre o meu corpo. E eu decido abortar. (intransigente)

Carlota - Eu acho que o meu filho tem toda a razão de defender o direito à vida do seu filho. Não se pense que aprovo o que quer que seja de toda esta história, mas, se a Benedita não quiser ter esta responsabilidade, eu e o meu marido educamos a criança. 
Madalena - Se a minha filha quer abortar, eu aprovo incondicionalmente. Ela não tem idade para ser mãe.

Benedita - Eu ainda tenho de pensar no assunto... Não quero ser mãe com esta idade. 0 que dirão os meus amigos e o resto das pessoas?

Manuel – que tal deixares de pensar só em ti  Benedita? Não queres ser mãe? Achas que não tens idade? Óptimo. Eu tomo conta do nosso filho. 
(Após isto, Benedita sai da sala a chorar)



Cena lI


Manuel abandona a sala e segue Benedita.


Manuel - (baixo) Benedita, eu não percebo. Há uns anos eu  conheci-te e eras completamente contra esta ideia do aborto e agora não pensas noutra coisa.

Benedita - (ainda a chorar) Eu sei, eu sei. Só que, quando as coisas nos atingem, é diferente ... (agora suplicante) Não vês que é mais fácil o aborto, ManeI?

Manuel- Nunca vou concordar com uma coisa destas.

Benedita - Nem mesmo se a criança for deficiente?

Manuel - Ainda mais nesse caso. Achas que uma criança deficiente não tem direito a viver? Que raio de pessoa és tu?!

Benedita - Vamos pensar melhor neste assunto, por favor ManeI... mas não agora. Estamos todos muito nervosos.

ACTO TERCEIRO

Um mês depois. Lisboa É de noite e está calor. Benedita e Manuel estão a jantar num restaurante com os pais de ambos.

Cena I

Manuel - (de repente, a meio do jantar) A Benedita e eu queríamos dar a todos uma notícia: decidimos ter a criança. Sabemos que vai implicar muito esforço dos dois ... 
Benedita - (interrompendo Manuel) E muita ajuda também ...

Manuel - Claro. Mas estamos dispostos a fazer o que for preciso. Eu vou trabalhar, enquanto a Benedita estiver de baixa.

Carlota - Fico muito feliz por saber que decidiram assumir essa responsabilidade. Manel, sabes que tens trabalho no escritório do pai, por isso não te preocupes querido.

Cena II

Benedita e Manuel vão à esplanada do restaurante.

Manuel- Benedita, tenho uma coisa para te dizer ... Benedita - Já nervosa) Sim ... ? Vá!

Manuel- Queres casar comigo?

Benedita- (sem reacção) 0 quê? Tens a certeza?

Manuela Tenho, Benedita Acho que o casamento é o passo lógico. Para além disso, agora vamos ser pais. E eu quero criar uma família para o nosso filho (ansioso).
Aceitas?
Benedita - Se aceito?! Claro que aceito!
  
FIM

Autores: Afonso Soares, Luísa Vidal, Francisca Navega, Teresa Louro
11º G, Turma de 2010/11

terça-feira, 5 de abril de 2011

Um novo começo



2010. Novembro. Foi nesse mês; nesse ano, que abri um livro sem título e com páginas em branco. Peguei numa caneta e comecei a escrever. Estava inspirada, escrevi muito. Dei-te a caneta e pedi-te que escrevesses, pedi-te que escrevesses uma continuação para que eu já tinha escrito, ainda conseguiste escrever um bocado. Com a minha escrita e com a tua juntas, conseguimos escrever dois meses e poucos dias.



Pousaste a caneta, nem tu sabes porquê, e deixaste de ter a inspiração que tinhas ao princípio. Devolveste-me a caneta e disseste que estavas cansado de escrever. Tentei ir escrevendo mais, mas já estava cansada de o fazer, já tinha escrito tanto e tu, tão pouco ... ! Decidi por um marcador na página em que tinha ficado e fechei 0 livro, pronta para o abrir num dia em que estivesse mais inspirada. Fui dormir e sonhei contigo. Sonhei que afinal ias continuar a escrever, que afinal não estavas cansado, mas acordei logo. Que ilusão! Tu, na realidade, já tinhas pousado a caneta e eu ... a pensar que ias retomar a nossa hist6ria, que ias continuar a escrever no nossa livro. Foi mesmo só um sonho.



Eu levava o livro comigo para todo o lado até que... acabei por perder o marcador e não consegui abri-lo mais. Afinal de contas, tu acabaste por perder a força que eu tinha para escrever mais! É pena.



Ah, pois e, faltava o titulo! Mas nem pensei muito, escrevi apenas "passado" e pus o livro no fundo da minha gaveta. Como é que é possível teres-me desenhado tão bem uma ferida? Não interessa, não quero que respondas, é mesmo passado, o título diz tudo.



Hoje olho para o lado. Sim, porque esta hist6ria toda que eu digo fazer parte do passado, ainda está mesmo ao meu lado, a espera que eu pegue nas minhas coisas, que vá embora e que amanhã já consiga olhar para trás, e não para o lado. Amanhã olho para trás, e depois de amanhã vais estar ainda mais distante, vou-te vendo menos. Gosto da ideia.



Aprendi. Finalmente aprendi que finais felizes só existem em contos de fadas e em histórias de encantar. Aprendi que há histórias cujo final ninguém percebe. Aprendi, acima de tudo isto, que a felicidade é um instante. A felicidade deixa de ser um intervalo de tempo quando desfazem os nossos sonhos. Tu? Desfizeste o meu. Deste um grito tão grande que acordei sobressaltada. Saltei da cama, já estava atrasada para a vida, saí de casa e ... ainda consegui apanhar o autocarro! Cheguei à vida a tempo. Continuo a ver-te, mas como te disse, acordei, e agora é tudo diferente.


  Madalena Parreira Cano de Carvalho e Meneses 11º A

terça-feira, 29 de março de 2011

Carta de Amor

Desde o dia em que te vi pela primeira vez, não consegui pensar noutra coisa senão na tua Imagem e decidi que ia ficar sempre ao teu lado, para o resto das nossas vidas. No início pareceste-me estranha, mas com o tempo tornaste-te normal. Estranho era tudo o resto.

Desde essa altura encheste os meus sonhos e quando não estava a dormir, só pensava em ti.

Lembro-me da primeira vez que te toquei. No início não te entendi. Mas com o tempo aprendi a tocar nos botões certos e isso começou a aproximar-nos.

Os meus amigos e a minha família dizem que eu não paro de falar em ti. A minha mãe diz que eu tenho de parar de pensar em ti para começar a concentrar-me nos estudos e não pára de dizer que já chega desta obsessão.

Tu ajudaste-me a perceber o que é a verdadeira felicidade, deste-me a perceber a dor, a alegria e mostraste-me o que é o amar. Estiveste comigo nos momentos mais difíceis da minha vida e também nos melhores momentos.

Ajudaste-me a passar os níveis mais difíceis de cada etapa, apoiaste-me, nunca duvidaste de mim. Por tudo isto, por seres quem és, digo-o de alma e coração:

Amo-te ... Playstation!


João Oliveira 11ºB

quinta-feira, 17 de março de 2011

Amizade Pura

Vieste em bicos de pés. Não fizeste barulho e abriste a porta do meu quarto. Eu estava lá; estranhei-te. Quem eras tu? O que e que estavas ali a fazer? Deixei estas perguntas no ar, fechei o livro que estava a ler e sentei-me na cama. Fiquei a olhar para ti, tu não disseste nem uma palavra e sentaste-te ao meu lado. 
Esperei que falasses, mas continuavas sentada na minha cama a olhar para o meu quarto, para a desarrumação, para os livros que eu tinha amontoados na minha secretária, olhaste para tudo.
Finalmente ouvi-te: "olá", disseste. Na verdade fiquei estupefacta, não sabia o que dizer. Permaneci paralisada. Repetiste: "olá ... ". Acabei por te responder, amedrontada, com a mesma palavra de três letras que havias pronunciado. Sorriste e eu retribui.
Calámo-nos, mas olhaste para mim e li nos teus olhos que não tinhas aparecido por acaso, eram tão transparentes ...
E eu pensava: "quer dizer, entrou no meu quarto, sentou-se na minha cama, disse-me olá e olhou para mim? Que estranho.". Foste-te embora e disseste que irias estar sempre comigo. Tive uma sensação de alívio, de segurança, mas de medo ao mesmo tempo. Quem serias tu?
Pensei muito nisto. Contei este episódio ao meu diário, mas como de costume, nem comentou.
Levei, de facto, dias e dias a pensar nisto, até que, estranhamente, começaste a fazer parte da minha vida. Inseri-te em todas as minhas atitudes. Acalmaste-me, sem te aperceberes .
Apliquei na minha vida essa tua entrada silenciosa no meu quarto e realmente alcancei a ideia de que fizeste exactamente o que os amigos fazem quando entram na vida de alguém. Não avisam, entram e sentam-se ao nosso lado. Olham à volta, averiguam, olham para nós e dizem-nos "olá" da maneira mais simples, mas mais tocante do mundo. E mesmo isto! Descobri o que me quiseste transmitir!
Escrevi uma história sobre isto, e na história tu não tens nome. Decidi que te ia dando nomes à medida que fosse vivendo, mas não te chateies comigo, pode ser? Vou dar-te os nomes certos, acredita em mim ! 
Agora que entraste no meu quarto, que me disseste "olá" e que antes de ires embora disseste que irias estar sempre comigo, peço-te para voltares a entrar no meu quarto. Senta-te ao meu lado, olha para mim e conta-me uma história. Prometo que quando acabares de a contar, damos um abraço, mas por favor, fica sempre comigo como disseste e não abras a porta do meu quarto de novo, para te ires embora. Está corrente de ar, sabes? E o mundo lá fora assusta-me.

Madalena Parreira Cano de Carvalho e Meneses 11º A 
 (Texto a ser corrigido pela autora)

terça-feira, 15 de março de 2011

Um Sonho

Desde aquela tarde, escura e fria, dou por mim a pensar em ti, a pensar em como seria a minha vida se não tivesses partido, em como seriam as coisas contigo por perto…A pensar na nossa primeira viagem, na primeira vez que me fizeste rir e em outras coisas que se seguiram, a pensar em como nos conhecemos e como me deixaste…
Como tiveste a lata de me trocar por outras coisas? Como fui capaz de na altura dizer que não fazia mal e que ia ficar tudo bem? Como?!? Mas sim o amor tem disso…cedências… estava à espera de um pouco mais de ti, à espera de um pedido de desculpas, não sei, à espera que te dignasses a pelo menos voltar e dizer o verdadeiro motivo da tua partida e porque teve de ser daquela maneira, tão repentina e aparentemente sem explicação.
Sofri e sofro até hoje pois pior que uma verdade cruel é a indiferença… Sofro como se fosse agora, sofro como se estivessem a tirar parte de mim sem estar anestesiada, talvez sofra mais para veres o quão grande é esta dor… Dói mais que uma dor de dentes, penso (e olha que dizem que é das piores dores que se pode ter!).
Agora, não sei como abri os olhos, olhei para o lado e cá estás tu… Com esta tua maneira de sorrir e de agir, com este teu olhar, como se a nossa relação não tivesse sofrido nada, como se estivéssemos melhor que nunca e como se nunca me tivesses abandonado.
PENSO: “Terá sido alguma visão, algum sonho? Se sim, porque sinto eu um vazio uma dor muito profunda?” A verdade é que para estas perguntas não encontro resposta; espero que tenha sido um pesadelo (um sonho mau como dizem os mais novos), pois quero-te sempre ao meu lado e porque para mim a minha vida perde todo o sentido sem ti por perto. Simplesmente AMO-TE e és o meu sonho tornado realidade!!!
Swelen

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Lembram-se?



ZORRO

Neste blogue existe uma antiga carta do Zorro a todos os estudantes da Rainha CLICAR AQUI

sábado, 8 de janeiro de 2011

Aqui vai uma mensagem de Natal

-Filha, já estás pronta? Perguntou a mãe.
-Sim, estou quase, mãe!
Entrei no carro e foi uma contagem de alguns minutos até chegar à tal casa de que os meus pais me tinham falado. Saí  do carro e só vi uma casa, muito rústica, coberta de neve e com azevinhos à porta! Estava frio! Mas, enquanto olhava para aquela casa, nem o frio sentia!
À medida que me ia aproximando, o cheiro a cabrito assado, a bacalhau acabado de fazer e a arroz doce com canela ia-se entranhando no meu espírito natalício. Ouvia risos de alegria, gritos de felicidade, as crianças à volta da árvore, os pais a falarem das férias que se aproximavam, e eu sentia-me feliz! Na verdade, achava que, naquele momento, era a criança mais feliz do Mundo!
Depois de entrar e cumprimentar todas aquelas pessoas a sorrir de alegria, olhei para a mesa recheada de manjares apetitosos e de enfeites natalícios e, nesse momento, lembrei-me de todas as crianças que adoravam estar na minha pele e que nem um terço do que eu via naquela mesa tinham! Nesse momento olhei para a janela e vi um pai, uma mãe e uma filha, mais ou menos da minha idade. Eles estavam com frio e traziam uma cara triste, naquela noite tão bonita!
Nesse momento agarrei no meu casaco, abri a porta de casa e corri a chamá-los.
Eles pararam, olharam para mim. E eu disse:
-Entrem, temos comida suficiente para todos!
Eles agradeceram muito e entraram. Os meus pais, muitos espantados,  disseram-me uma frase que nunca esquecerei:
-Temos muito orgulho em ti!
Eu sorri e corri para a mesa onde todos se sentavam. Nesse momento olhei para a cara da menina e da sua família e vi que a cara de tristeza se transformara numa cara de felicidade!
Agora sim, o meu Natal está completo!
Leonor Torres 7º 4ª 

P.S.: Como não tenho 7º Ano, nem Básico, ainda bem que a Professora Ana Vieira colabora com este blogue.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

” A mudança de uma pessoa”

Estava uma noite sombria e escura. Luísa, uma rapariga rebelde de 16 anos, que testava todos os seus limites, saiu de casa a correr, meteu-se na sua mota nova, que os pais a tinham proibido de conduzir e foi pela estrada fora. Luísa tinha discutido com eles devido ao seu comportamento, que influenciou as notas da escola. A rapariga, conhecida por estar todos os anos no quadro de excelência, estava agora em risco de perder o ano.
Eu e Marta passávamos pelo corredor e ouvimos sempre os mesmos comentários:
-“Olha aquela, está mesmo diferente”; “A menina santinha agora tornou-se rebelde”;“Vai perder os amigos todos se continua assim” e muitos outros.
Éramos um grupo de raparigas muito unido que nunca deixava para trás ninguém e não ligava a preconceitos. A Luísa deixou de ser aquela pessoa querida, sensível e simpática para ser a mais bruta e mal-educada para todas as pessoas que lhe queriam bem. Ela tinha deixado de nos falar e quando passava por nós nem um sorriso se via.
Nessa noite uma tragédia estava prestes a acontecer. Era Sexta-feira à noite e a zona de Santos, conhecida por ter uma vida nocturna muito agitada, estava a abarrotar de crianças mimadas de 12 anos, por isso Luísa decidiu ir para as docas onde conseguiria encontrar gente mais velha.
Ao chegar à beira-mar, encontrou um grupo de rapazes que lhe ofereceram uma bebida, e ela apesar de saber demais que não se aceita nada de estranhos, quebrou esse conselho e deixou-se levar. Ao falar com eles começaram e criar cumplicidade e um deles pensando que era um “garanhão” tentou beijá-la, mas ela recuou e disse: “Deixa-me! Não quero nada contigo!”
O rapaz sentiu-se ofendido e empurrou-a, o que fez com que ela caísse para dentro de água.
Os rapazes começaram-se a rir e não a ajudaram, Luísa estava bêbeda e não conseguia nadar. Eles foram-se embora sem a socorrer.
Por sorte o nosso grupo de amigas estava a passar e viu-a a boiar, fomos logo ter com ela, eu e a Marta atiramo-nos à agua e tentámos tirá-la, enquanto as outras chamavam o 112. A ambulância chegou e nós temíamos o pior. Levaram-na para o hospital e nós telefonámos aos seus pais que ficaram muito aflitos com a situação.
Fomos para o hospital, e quando chegamos perguntamos a uma enfermeira se tinha noticias acerca da rapariga que tinha dado entrada de emergência no hospital. Ela soube logo de quem lhe falávamos e disse o número do quarto em que ela estava, acrescentando que se encontrava num estado muito grave. Percorremos o hospital à procura do quarto, até que o encontrámos.
Ao entrarmos vimo-la deitada sem se mexer, apercebemo-nos de que ela estava em coma…
De repente algo tocou, eram 7h15 da manhã e eu tinha de ir para a escola. Acordei sobressaltada, despachei-me o mais rápido possível. Ao olhar para o espelho da casa de banho, senti-me feliz pois percebi que era só um sonho e estava tudo bem. Aí, valorizei toda a minha vida e percebi o quanto a família e os amigos são muito importantes.




Sonhado por: Maria Inês Soares nº 16 10ºB e Marta Santos nº17 10ºB