quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Assim passou a tempestade

O vento soprava calmo
Na aldeia da costa
Fervilhante de alegria
Pois nesse grande dia
Toda a gente se ria
A feira itinerante anual.
Havia chegado

No que ninguém havia
Deveras reparado
Era no comportamento
No mínimo inesperadoDas aves voando para terra
Dos cães, indo para a serra
Dos cavalos, dando aflitos saltos
Dos gatos, escalando lugares altos
Entretiodods, na sua festa e bebida
Os homens não repararam no mar
De repente, cheio de vida
Que fazia as suas ondas ribombar
Nos rochedos a leste da areia
Ninguém fazia a mínima ideia
Do que estava para vir

Naquela espessa multidão
Confusa, colorida, inebriada,
Um velho marinheiro eexperiente
Alertou numa voz assustada
A cega e surda gente
Desesperado, apelava forternente
Para que n ouvissem
Pois estavam em peno eminente

Quando as pessoas acalmaram
E viram o que se aproximava
Já o sábio ao longe se encontrava.
Algumas entraram em pânico
Outras perderam o seu ânimo
Ao avistarem uma e outra onda
Enormes, de grande imponência
Não demonstrando clemência
Por aqueles com fraca resistência
Como os aldeões e os viajantes
Que corriam para se salvar
Do vento, agora intrépido e gelado
Das andas, gigantes e salgadas
Pensado que conseguiam escapar
Da terrível fúria do mar

A água abrandou lentamente
Mitigando-se a sua raiva fervente
Que em breves segundos destruíra
A aldeia da costa e a sua gente
Derrubando também a honra
he um homem maduro impaciente
Assim passou a tempestade.
EL SIDE

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Política: O actual clero da nobreza.

Remontando aos tempos da Idade Média, tempo dos senhores feudais, os nobres, aos quais não calhava pela sua posição herditária a herança, seguiam para o caminho de Deus, ou seja, o clero. Decidiram tornar mais clara a sua vida espiritual numa relação divina? Não, simplesmente a Igreja ganhou importância da sociedade da época o que veio trazer interesse aos nobres nas eventuais regalias que podiam beneficiar. Tempos esses que a religião perdeu a sua verdadeira essência para dar lugar ao poder e dinheiro. Pois a meu ver é o que temos hoje na nossa política. Na generalidade temos políticos que se apresentam com um sorriso sonso e falsas promessas garantido o bem estar de todos, resolvendo todas as necessidades de cada indíviduo e da sua posição na hierarquia social, mas o verdadeiro intuito está no pecado original do Homem. Ganância, poder, dinheiro. A política é um caminho fácil de obtenção de "títulos" e reformas vitalícias. A necessidade de um chefe já remonta à pré-história na cronologia humana, mas os valores que definem um ou mais chefes têm vindo a decair.
A verdade é que hoje em dia a política tem a sua fonte na perversidade e não na grandeza do espiríto humano.
Aqueles que deviam ser verdadeiramente políticos não se aproximam devido às situações que hoje envolvem tal posição e aqueles que poderiam eventualmente conter alguma dignidade são facilmente corrompidos pelo sistema.
Julgo não ser desconhecido a nínguem, aquelas imagens da Assembleia da República de deputados a dormirem, jogarem ao solitário ou simplesmente rirem-se das visões/opiniões dos outros sem sequer ligaram a fundamentos ou razões, pelo simples facto de serem da oposição. Não interessa partidos, estou imparcial nesta crítica, em verdade, em verdade vos digo, que enquanto não houver cooperação de ideias e trabalho deixando para trás questões partidárias aceites como dogmas e também não deixando os interesses naturais ao pecado humano seja uma democracia, república, ditatura, etc...nada funcionará, pois um
sistema só funciona bem se os seus elementos também funcionarem.
A política é o serviço prestado aos outros que coexistem connosco nesta sociedade e não um caminho de poder e fortuna..Ou pelo menos devia ser, mas nada mais passa de uma ideia utópica criada por pessoas que sonham por um mundo melhor mas que não desejam o poder em tal expoente.

"in, Crónicas XXI" , André Fernandes, 12º A

domingo, 9 de novembro de 2008

Há bastante tempo...

- Isso já aconteceu há muito, muito, muito, muito tempo!
- Para aí o quê? No tempo das nossas avós?
- Não, muito antes disso. Foi há muito, muito, muito, muito, mas mesmo muito tempo!
- Ah, foi na Idade Média?
- Não, não. Foi muito antes disso. Foi mesmo há muito, muito, muito, muito tempo!
- Ah! No tempo dos dinossauros?
- Não. Foi muito antes disso. Mas é que realmente foi mesmo há muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito tempo.
- Mas afinal de contas… o que é que aconteceu assim há muito, muito, muito tempo?
- Choveu imenso.

Inês 9º 2ª