sábado, 8 de janeiro de 2011

Aqui vai uma mensagem de Natal

-Filha, já estás pronta? Perguntou a mãe.
-Sim, estou quase, mãe!
Entrei no carro e foi uma contagem de alguns minutos até chegar à tal casa de que os meus pais me tinham falado. Saí  do carro e só vi uma casa, muito rústica, coberta de neve e com azevinhos à porta! Estava frio! Mas, enquanto olhava para aquela casa, nem o frio sentia!
À medida que me ia aproximando, o cheiro a cabrito assado, a bacalhau acabado de fazer e a arroz doce com canela ia-se entranhando no meu espírito natalício. Ouvia risos de alegria, gritos de felicidade, as crianças à volta da árvore, os pais a falarem das férias que se aproximavam, e eu sentia-me feliz! Na verdade, achava que, naquele momento, era a criança mais feliz do Mundo!
Depois de entrar e cumprimentar todas aquelas pessoas a sorrir de alegria, olhei para a mesa recheada de manjares apetitosos e de enfeites natalícios e, nesse momento, lembrei-me de todas as crianças que adoravam estar na minha pele e que nem um terço do que eu via naquela mesa tinham! Nesse momento olhei para a janela e vi um pai, uma mãe e uma filha, mais ou menos da minha idade. Eles estavam com frio e traziam uma cara triste, naquela noite tão bonita!
Nesse momento agarrei no meu casaco, abri a porta de casa e corri a chamá-los.
Eles pararam, olharam para mim. E eu disse:
-Entrem, temos comida suficiente para todos!
Eles agradeceram muito e entraram. Os meus pais, muitos espantados,  disseram-me uma frase que nunca esquecerei:
-Temos muito orgulho em ti!
Eu sorri e corri para a mesa onde todos se sentavam. Nesse momento olhei para a cara da menina e da sua família e vi que a cara de tristeza se transformara numa cara de felicidade!
Agora sim, o meu Natal está completo!
Leonor Torres 7º 4ª 

P.S.: Como não tenho 7º Ano, nem Básico, ainda bem que a Professora Ana Vieira colabora com este blogue.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

” A mudança de uma pessoa”

Estava uma noite sombria e escura. Luísa, uma rapariga rebelde de 16 anos, que testava todos os seus limites, saiu de casa a correr, meteu-se na sua mota nova, que os pais a tinham proibido de conduzir e foi pela estrada fora. Luísa tinha discutido com eles devido ao seu comportamento, que influenciou as notas da escola. A rapariga, conhecida por estar todos os anos no quadro de excelência, estava agora em risco de perder o ano.
Eu e Marta passávamos pelo corredor e ouvimos sempre os mesmos comentários:
-“Olha aquela, está mesmo diferente”; “A menina santinha agora tornou-se rebelde”;“Vai perder os amigos todos se continua assim” e muitos outros.
Éramos um grupo de raparigas muito unido que nunca deixava para trás ninguém e não ligava a preconceitos. A Luísa deixou de ser aquela pessoa querida, sensível e simpática para ser a mais bruta e mal-educada para todas as pessoas que lhe queriam bem. Ela tinha deixado de nos falar e quando passava por nós nem um sorriso se via.
Nessa noite uma tragédia estava prestes a acontecer. Era Sexta-feira à noite e a zona de Santos, conhecida por ter uma vida nocturna muito agitada, estava a abarrotar de crianças mimadas de 12 anos, por isso Luísa decidiu ir para as docas onde conseguiria encontrar gente mais velha.
Ao chegar à beira-mar, encontrou um grupo de rapazes que lhe ofereceram uma bebida, e ela apesar de saber demais que não se aceita nada de estranhos, quebrou esse conselho e deixou-se levar. Ao falar com eles começaram e criar cumplicidade e um deles pensando que era um “garanhão” tentou beijá-la, mas ela recuou e disse: “Deixa-me! Não quero nada contigo!”
O rapaz sentiu-se ofendido e empurrou-a, o que fez com que ela caísse para dentro de água.
Os rapazes começaram-se a rir e não a ajudaram, Luísa estava bêbeda e não conseguia nadar. Eles foram-se embora sem a socorrer.
Por sorte o nosso grupo de amigas estava a passar e viu-a a boiar, fomos logo ter com ela, eu e a Marta atiramo-nos à agua e tentámos tirá-la, enquanto as outras chamavam o 112. A ambulância chegou e nós temíamos o pior. Levaram-na para o hospital e nós telefonámos aos seus pais que ficaram muito aflitos com a situação.
Fomos para o hospital, e quando chegamos perguntamos a uma enfermeira se tinha noticias acerca da rapariga que tinha dado entrada de emergência no hospital. Ela soube logo de quem lhe falávamos e disse o número do quarto em que ela estava, acrescentando que se encontrava num estado muito grave. Percorremos o hospital à procura do quarto, até que o encontrámos.
Ao entrarmos vimo-la deitada sem se mexer, apercebemo-nos de que ela estava em coma…
De repente algo tocou, eram 7h15 da manhã e eu tinha de ir para a escola. Acordei sobressaltada, despachei-me o mais rápido possível. Ao olhar para o espelho da casa de banho, senti-me feliz pois percebi que era só um sonho e estava tudo bem. Aí, valorizei toda a minha vida e percebi o quanto a família e os amigos são muito importantes.




Sonhado por: Maria Inês Soares nº 16 10ºB e Marta Santos nº17 10ºB