quinta-feira, 19 de abril de 2012

Paisagem Marítima

Estava uma noite muito gelada, com nevoeiro no ar e as gaivotas já se tinham ido embora. Um silêncio assustador permanecia no ar e o único som que se ouvia, era a do som das ondas a cobrir e a descobrir a areia permanentemente.

O farol projectava uma luz ardente e forte contra a falésia.

As nuvens cobriam a luz cheia que estava nessa noite. Nuvens carregadas de água, prontas para largar tudo de um momento para o outro.

Parecia um deserto, a areia voava bem alto e fazia remoinhos no ar…

Trabalho realizado por:

· Maria João Soares - Nº17 – 8º5ª

22/11/2011

Textos Criativos de Alunos da Professora Ana Vieira

O rapazinho

   Era uma noite fria e eu estava sem esperança. “Ele não vai voltar”- pensavam, enquanto esperavam pelo pobre rapazinho que tinha ido buscar lenha. Já não iam esperar mais. Era apenas véspera de Natal. Não iam acreditar que as feras da floresta não o atacassem. Uns diziam que sim, que as feras não iam fazer mal a uma criança sem culpa nenhuma. Outros choravam o seu desaparecimento.
   Lá fora chovia e dentro de casa havia aquele cheirinho a doces que, ao contrário dos outros Natais, estavam intactos.
   Ao fim da noite ouviram um ruído. Era o pobre rapazinho que trazia a lenha. Ao vê-lo, a alegria voltou a reinar em casa e a noite da véspera de Natal transformou-se numa bela noite de cânticos e alegrias.



Carolina Duarte
nº 7, 7º 4ª

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Declaração de amor a... a... a An ...

Desde que te vi pela primeira vez, reparei que eras única e diferente dos outros no mundo, e foi um choque. Lembro-me desse dia, estava sentado no meu banco a escrever, quando tu entraste porta a dentro, e foi nessa altura que encontrei a inspiração que procurava para escrever estas linhas.

Estavas com um visual diferente, de tal maneira que eu não sabia bem para onde devia olhar primeiro, o único pensamento que girava na minha cabeça era o de que não podias existir, só podias ser de outro mundo.

Nessa altura alguém me disse o teu nome, mas eu estava tão concentrado nos meus pensamentos, que nem apanhei metade. Começaria pela letra "A"? As restantes letras do teu nome eram um monte confuso na minha mente, mas nos dias seguintes iriam ficar dolorosamente claras e marcantes ...

Sempre tiveste um dom raro mas precioso, só tu consegues entoar qualquer música de uma forma simples e linda, quando te ouço, parece que foste feita para a música. Sempre que te vejo estás diferente. Ou será de mim? A tua forma, como te vestes, as cores que te rodeiam, a maneira de seres por dentro. Nada é terno e definitivo, eu sei, e por isso mesmo és fascinante para mim e um íman para os outros, mas custa-me estar sempre a aprender-te. E, no entanto, quero-te sempre de novo.

Eu sinto-me estranho pela noite dentro. Há qualquer coisa a chamar por mim e eu estou à espera com medo ... não consigo pensar noutra coisa, talvez por estares presa na minha mente, onde existe medo, raiva, ódio e amor. 
Provavelmente, estarei a perder o controlo ... Nunca considerei esta espécie de atração por alguém.

Porque eu sou assim, um tipo que nunca faz nada, que sempre teve uma visão pessimista do mundo. Será porque me afastei dos meus objetivos simples da vida, ou talvez porque me perdi nesta escuridão sem luz, sem a tua luz clara, para me guiar no caminho certo, sem o teu toque ...

Por seres quem tu quem és, perco-me, mas tu encontras-me, só posso dizer que te amo.

Amo-te An ... An ... amo-te And... Dizer isto é mais difícil do que imaginei, assim em voz alta. Amo-te Andr... Andr ....

Não.

Vou dizê-lo de uma vez por todas: amo-te Androide, esperarei sempre pelas tuas novas aplicações e jogos grátis.




João Oliveira, nº 11 do 12º B, escrito em 2 / 3 / 2011

* Androide parece ser um jogo informático... 
O João já tem um texto semelhate a este, sobre a Playstation, publicado neste blogue. Procurar. (nota da Setôra Blogger) 

Querida Avó

SEMPRE PRESENTE 

- Daqui a muitos anos, meu amor, vais perceber que a vida custa e que ser feliz de verdade passa por te esforçares, por caires e por cometeres erros. Os erros vao fazer-te crescer, sabes? Nao quero que cometas os erros que eu cometi, esqueci-me de ser feliz em vários momentos da minha vida. Tu, por mim, nunca te esqueças! Aprendi que a maior fraqueza das pessoas está em desistir, e apercebi-me de que me deparei com pessoas fracas, em todos os dias da minha vida. E é engraçado, foi nos momentos mais simples que percebi isso. Tu, minha querida, és preciosa, e tenho tanta pena de já nao estar aí contigo ... ! Faria de ti a neta mais feliz do mundo e voltava a jogar monopólio contigo, mesmo quando isso era o que menos me apetecia. 

Quero saber de ti, como é que estás? Cá de cima a vista e boa, mas com óculos veria melhor; não os tenho. Eu estou bem, mas com muitas saudades tuas. 

Cá de cima torço por ti, e nos momentos mais importantes da tua vida, quando mais precisas de um apoio, eu abraço-te com força, em silêncio. Gostava tanto que sentisses isso ... de uma coisa te garanto, todas as noites, quando vais dormir, dou-te um beijinho na testa e benzo-te, e quando choras, limpo-te as lágrimas. Nao sentes, pois não? 

Todas as manhãs dou-te força para encarares mais um dia, como eu tive de encarar em 90 anos da minha existência. Envelheci ao teu lado, e adormeci contigo, para sempre. Lembras-te? E impossível esqueceres-te. 

Gritei contigo, mas também me ri das parvoíces que dizias quando eras pequenina; das partidas que me pregavas. Lembro-me de quando vinhas de viagem, e a primeira coisa que fazias quando chegavas a casa era correres para ao pé de mim, para me dares um beijinho. 

Nunca te esqueças de viver, eu estou aqui para te manter viva, e que vivas por mim, já que eu já não tenho oportunidade de estar aí fisicamente, para viver contigo! 



Agora sou eu a falar e digo-te que a força esta em sermos uma. Depositaste-me força e a sabedoria. Nunca me impuseste regras, mas mostraste-me a meta e o quão longe ainda está de mim. Disseste-me que ia ter muitos obstáculos no caminho, mas que, com as pedras que encontrasse, um dia iria construir um castelo*! De uma coisa podes ter a certeza, se chegar a construir esse castelo, dedico-to, porque o mérito será todo teu! 

MADALENA MENESES 12º Ano, Turma A 

Escrito em 9-1-2012 

* Parafraseando Fernando Pessoa

Vidas paralelas

Eram duas pessoas. Jovens. Os caminhos deles chegaram a cruzar-se e pareciam lutar os dois pela mesma coisa: por aquilo que estavam a passar juntos. Ele era o género de rapaz que se apaixonava, ou dizia apaixonar-se, muito facilmente. Ela era uma simples rapariga que sonhava com príncipes encantados e que vivia na ilusão de que nunca mais iria desiludir-se. Ele era um irreflectido; ela pensava bem nos pros e nos contras. Ela pensava que ele era diferente, que com ele nao iria desiludir-se, mas enganava-se estupidamente. 

Tiveram uma história, riram-se juntos e prometiam constantemente um ao outro que a história deles nunca iria acabar (quase inevitável). 

Até que chegou uma altura em que ele tanto gostava como não gostava dela, tanto queria como não queria ficar com ela, até que ela se ia fartando do meio-termo, ela escrevia textos sobre ele, ela dizia-Ihe que tinha saudades, mas ele já nem queria saber,,,. 

Entre mares de confusões e terramotos de mal-entendidos, acabou uma história que, na realidade, nem sequer tinha começado, nunca. 

Ela enfraqueceu mas nao desistiu; sofreu, mas (sobre)viveu ... Ele, ninguém sabe. 

E agora, mesmo depois de todas as lições que aprendeu, continua a acreditar em príncipes perfeitos a cavalo e em castelos; continua a entrar dentro dos livros de fábulas que a mãe lhe lia quando ela era pequenina. 

Eles nunca chegaram a ser mesmo um do outro, mas ela diz que ele foi o rapaz de quem ela mais gostou em toda a sua vida. 

Os papéis quase se inverteram. Ele agora ri-se para ela, ela nao encontra piada nisso. E enquanto ele se vai lembrando dela, ela vai tentando esquecê-lo... 

Madalena Meneses 12º Ano, Turma A 

Ainda a palavra "inócuo"

Solidão, distância, mudança. As principais palavras do mundo de um pobre rapaz de uma aldeia.

A pequena aldeia tinha uma pequena escola com poucos alunos, 10 no máximo. Mas esses poucos alunos faziam perguntas sobre o porquê da vinda desta nova pessoa. Até que um dia nasceu uma alcunha: "inócuo".
Não havia o conhecimento do dicionário, apenas a experiência de vida dos mais velhos.
Era tarde, e à luz das velas, o menino estudava, sem sono foi caminhar pelas pedras e terra dos caminhos da montanha.
Sozinho e cheio de frio, estava sentado numa pedra um senhor de idade. Surgiu a ideia da pergunta:
- Desculpe, senhor, o que é "inócuo"?
Assim ele respondeu:
- Conhecimento, querer mais, sonhar...
- Sonhador, portanto? - perguntou o rapaz.
Levantando a cabeça, o senhor sorriu, sem dentes para mostrar e acenou a cabeça.
Chegando a casa, embrulhou-se nos lençóis e dormiu eternamente, feliz.

Maria Inês de Castro 8º 3ª nº15
Enviado por: Professora Ana Paula Melo

quinta-feira, 8 de março de 2012

Sobre uma palavra Mágica

Solidão, distância, mudança. As principais palavras do mundo de um pobre rapaz de uma aldeia.
A pequena aldeia tinha uma pequena escola com poucos alunos, 10 no máximo. Mas esses poucos alunos faziam perguntas sobre o porquê da vinda desta nova pessoa. Até que um dia nasceu uma alcunha: "inócuo".
Não havia o conhecimento do dicionário, apenas a experiência de vida dos mais velhos.
Era tarde, e à luz das velas, o menino estudava, sem sono foi caminhar pelas pedras e terra dos caminhos da montanha.
Sozinho e cheio de frio, estava sentado numa pedra um senhor de idade. Surgiu a ideia da pergunta:
- Desculpe, senhor, o que é "inócuo"?
Assim ele respondeu:
- Conhecimento, querer mais, sonhar...
- Sonhador, portanto? - perguntou o rapaz.
Levantando a cabeça, o senhor sorriu, sem dentes para mostrar e acenou a cabeça.
Chegando a casa, embrulhou-se nos lençóis e dormiu eternamente, feliz.

Maria Inês de Castro 8º 3ª nº15

A Viagem

Eu ia a caminho de África buscar ouro e escravos e prometera voltar para casa são e salvo, mas no Cabo Bojador aconteceu o inesperado: um horrível monstro emergiu da água no meio de tal nevoeiro:
-Quem vem lá? – Perguntou a vil criatura – Quem se atreve a acordar-me do meu sono profundo?
-Eu e os meus 300 homens! – Respondi, enquanto me dirigia á proa, tentando não mostrar medo.
-AhAhAh! – Respondeu com uma gargalhada intimidadora – Seu meia Leca, achas que podes passar por mim! - Disse ele com desprezo– Mas tu já comparaste o teu tamanho com o meu?
-Um anão mata um gigante a dormir! – Respondi eu à vil criatura.
Houve um pequeno momento de silêncio e de caras intimidadoras, até que ele, com as suas enormes mãos de 7 metros, bateu na água e destruiu o barco, fazendo duas enormes ondas.
Passaram 2 dias até que acordei num lugar estranho para mim. Demorei horas que pareciam décadas, mas no fim, deparei-me com civilização.
Eu perguntava a toda a gente que andava pela rua, mas parecia que não me entendiam, porém, encontrei um letreiro em português e em língua estrangeira que eu não entendia.
Entrei na imensa escuridão e uma voz assustada perguntou, em estrangeiro:
-O que queres de mim?
-Eu apenas quero saber onde estou. -Disse eu
-Tu falas português! Tu falas português! - Gritou desta vez, mas na língua portuguesa.
-Entra, entra!
 Entramos num bar, com outros 2 amigos portugueses, com quem outrora viajara. Tinha-lhes acontecido o mesmo.
Os nomes deles eram Vicente, Dante e o Leonardo.
Bem. Temos de voltar á nossa pátria. – Disse eu, com esperança de novos compatriotas ,quando reparei nas caras de desanimados que tinham.
-O que se passa com vocês? - Perguntei eu.
-Bem, nós já tentamos mas nunca conseguimos escapar pelo mar. – Disse Leonardo desanimado.
-Mas, por acaso experimentaram por terra? – Disse eu com sarcasmo.
Tirei um mapa do bolso.
-Teremos de fazer um caminho pela Itália, Grécia e Espanha.
Quando chegamos a Itália ficamos admirados com os rios que havia.
Bem, tenho demasiada fome para admirar. – Disse Dante.
Quando entramos no bar havia um cheiro a cerveja muito forte.
-QUE NOJO! – Gritou Leonardo tapando o nariz.
-Será que alguém aqui conhece uma coisa chamada de esponja?! – Repetiu Leonardo com ironia.
Manteve-se um breve silêncio no bar e depois um coro de gargalhadas.
-Olá, olá, venham comigo! – Disse ele (Filipo). Levou-nos para uma sala e deu-nos comida e abrigo e tentou dar-nos trabalho, mas rejeitámos.
-Bem, vamos embora. – Disse eu.
-Bem…-Disse Leonardo. – Eu acho que vou ficar por aqui. Eu sou daqui, eu era um emigrante desde dos 2 anos, por isso esta é a minha pátria. Adeus!
Se voltarem, por favor, visitem-me.
Adeus! – Dissemos nós, eu, o Vicente e o Dante. Continuamos a viagem rumo á Grécia e fomos para casa de um amigo de Vicente (Giánni̱s) que nos tentou ajudar e nos deu trabalho.
Sim. – Disse Vicente – Eu não tenho família e amigos em Portugal por isso eu vou aceitar. Adeus amigos!
- Quando chegamos a Espanha, Dante explicou-me que era procurado para ser enforcado. Houve um choque na minha cabeça e, quando voltei ao normal, ele já estava num cavalo a gritar adeus.



7º ano/ turma 1ª
João Récio/ Nº 7