quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O rapaz que não sabia o que era estar farto



 Texto escrito para continuar a frase: “Sob mil sóis escaldantes vivia inundado de alegria e inocência um rapaz”


“Sob mil sóis escaldantes vivia inundado de alegria e inocência um rapaz” com uma característica anormal: tinha uma cabeça muito grande. Por esta razão, cheio de vergonha, resolveu refugiar-se entre duas montanhas, num vale gigante onde tudo era grande, e assim já se sentia bem.
O vale era constituído por plantas verdejantes grandes, por animais extremamente grandes e por todo o tipo de fauna e flora, desde que obedecesse a uma condição: ser grande.
Ao fim de uns tempos o rapaz ficou farto de não ver pessoas; então, voltou a casa onde sua mãe vivia, na cidade. Na cidade, voltou a falar com pessoas, com as que já conhecia e com outras tantas que passou a conhecer. Falou, falou, falou, até que se fartou.
 Chegado a este ponto, a única coisa que o rapaz viu como solução para este problema foi mudar-se para outro sítio, ainda mais longínquo do que o lugar para onde fora anteriormente.
O único problema deste lugar era ter dois mil sóis: dois mil sóis lá brilhavam, dois mil sóis o encandearam, dois mil sóis o mataram.

Lourenço

Sem comentários: